sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pátria

Soube a definição na minha infância.
Mas o tempo apagou
As linhas que no mapa da memória
A mesma palmatória
Desenhou.


Hoje
Sei apenas gostar
Duma nesga de terra
Debruada de mar.

Grito


Silêncio
Do silêncio faço um grito
E o corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco
De sombra a sombra
Há um céu tão recolhido
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido
Ó céu
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás d'ela
E eu
A quem o céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora
Solidão
Que nem mesmo essa é inteira
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura

Ai solidão
Quem fora escorpião
Ai solidão
E se mordera a cabeça
Adeus
Já fui p'r'além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede
Adeus
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai como dói
A solidão quase loucura


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mood


Tal como a carta, tal como eu...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amália

Parece que foi ontem, mas há 10 anos atrás a grande diva do fado morreu.
Tal como alguém disse, morreu a voz do povo português...



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Feitio dos Ingleses

O tempo em Londres já não está para o calção e a manga curta. O casaco (o meu novo da Purificación Garcia que custava €400) já foi tirado do armário e já é um 'must' do meu guarda roupa diário.

Ora...este ingleses não podem ver uma nesga de sol, que se põem logo praticamente nús nos jardins para que possam pelo menos tentar tirar a cor pálida do corpo.

Hoje de manhã, indo apanhar o metro à estação, deparo-me com este senhor inglês normalmente vestido com sandálias!

Para já sandálias de homem deviam ser todas queimadas, especialmente do género como o cavalheiro em questão estava a usar (aquelas que os imigrantes em França adoram usar quando vêem a Portugal em Agosto com a filha chamada Fanny que para nós e nome de cão e para os ingleses e nome das partes privadas de uma senhora).

Por mais programas de moda que existam neste país, este povo britânico nunca terá senso de vestir! Tal como têm uma maneira de viver um pouco fria e calculista, isto transparece na sua maneira de vestir. Não se importam com o que põem no corpo desde que tape.

Talvez, por outro lado, será uma coisa boa, visto que não transparecem arrogância e vaidade, tal como nós Portugueses, que adoramos vestir o que é de bom e do melhor para que o 'pacote' iluda o 'conteúdo'.

Um dia irei fazer uma dissertação acerca das diferenças das propriedas britânicas e lusas, pois há muitas por aí...