terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Madeira























São nestas alturas que necessitamos, como uma nação, estarmos juntos e contribuir para este tão doloroso episódio da nossa história.

Esqueçam panelinhas partidárias (ainda estou para descobrir porquê tanto ênfase na sociedade portuguesa a políticos e partidos), bairrismos de regiões e vamos unir esforços e mentes para ajudar a Madeira.

sábado, 16 de janeiro de 2010

A sô dona Clara e a crise dos pastéis de nata

Eu gosto bastante do meu país.

Quem me conhece sabe disso e visto que não estou no meu país, este meu prazer de gostar do meu país aumenta.

Mas lá por gostar do meu país, não quer dizer que tenha de aceitar e gostar de tudo que venha de lá.

O país dos auto proclamados "tugas" (um nome pindérico que nos chamamos a nós mesmos) não é dos melhores e quando olhamos para ele de uma perspectiva exterior, o que vemos não é bonito. Os inglezinhos têm esta imagem que Portugal é um país solarengo, pachorrento onde o peixe é bom e as praias são quentinhas (mas nunca tão boas como as espanholas).

A imagem que tenho do meu país de momento é de tristeza. Sinto que o país ainda não começou a subir a escada da civilização que tem de subir. Até mesmo o país vizinho já começou a subir essa escada há menos de 20 anos atrás e nós, tacanhos, pequenos e quiçá um pouco gananciosos, arrebanhamos o tostão debaixo do colchão em vez de tentarmos puxar, todos juntos, o país para a frente.

Até mesmo Lisboa! A 'grande' capítal presa em modorra e numa pachorrice que me inquieta.

Acho que já conseguir mostrar que apesar de gostar muito do meu país, há coisas que têm de mudar se queremos chegar aos pés dos grandes Europeus e asiáticos (os Estados Unidos já é água que correu moinho. Irei deixar este tópico para futuras dissertações).




Ora, recentemente tenho estado a ler as entradas do 'blog' no Expresso da senhora Clara Ferreira Alves. Esta senhora tem um estilo muito próprio de escrita que me agrada bastante. A sua capacidade mordaz de inconformismo é, possivelmente, o que todos nós deveríamos seguir. Ora...quanto mais leio da senhora, mais deprimido fico com a situação do tal país que tanto gosto.

É deste tipo de gente, como a sô dona Clara que me toca no nervo Lusitano. Claro...é preciso gente que aponte para os podres e pontos negros na sociedade portuguesa, mas caramba! Já chega de tanta cantiga de escárnio e mal dizer! A melhor solução é acordarmos todos desta cantilena do meu triste fado e pôr as mãos na massa e começar a reconstruir o nosso país!

Temos de começar a falar mais alto que os senhores sentados nas bancadas do Parlamento que só lá estão por que são primos da tia da empregada de limpeza do ministro. Temos de parar de lhes dar tanto poder. O poder está na força privada e popular e não governamental. A história já deu muitas provas do que um país movido a governo faz.

Toca a acordar pessoal! O relógio já tocou há muito!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Avatar

Ontem tive a minha primeira experiência com 3D (talvez a segunda se eu contar com os cerais Chocapic que traziam óculos 3D para ver o verso da caixa).

Vi o filme Avatar, a nova produção do realizador James Cameron, mais conhecido pelo Titanic, Exterminador e a Verdade da Mentira.

Apesar de a história e a trama do filme já ser mais velha que o próprio cinema, o nível técnico leva o cinema para outro campo. A mistura de 3D com os efeitos especiais são de fazer saltar os olhos da cara! O povo alienigena de Pandora (procurem em qualquer lado a trama da história para perceberem um pouco melhor) é totalmente feito em computador e por momentos, esquecemo-nos de que se tratam de seres feitos virtualmente. O nível da expressão e emoção que as personagens virtuais mostram são hiper realisticas o que ajuda bastante para a ligação entre o público e o filme.

O filme fez-me lembrar de Pocahontas um pouco, mas talvez é só uma coincidência. E apesar de ter de usar uns óculos que me fazem lembrar Woodie Alen e algumas incongruências em certos aspectos de Pandora, este filme é, por agora, uma experiência única de cinema e é este tipo de filmes que nos faz lembrar porque é que o cinema é tão cativante...



domingo, 8 de novembro de 2009

New day has come

O Inverno já está quase à porta e com isso, ou talvez não, mudei de casa o que me deixa contente e esperançoso para o futuro próximo.

O Natal está aí à porta e com isso as luzes em Oxford Street foram ligadas. Este ano quem teve a honra de carregar no botão das luzes foi o Jim Carrey no dia da Premiere to seu novo filme Disney's Christmas Carol.
O que acho interessante é o facto de estarmos em Londres, Reino Unido, Europa, numa rua londrina, britânica, europeia e ter um americano qualquer a carregar num botão...Um pouco aleatório, mas enfim...não sou eu quem decide estas coisas.

A paciência para pequenas coisas esgota-se muito rápido comigo ultimamente. Sempre fui uma pessoa de paciência imensa, mas de momento tenho esta coisa em mim de que não se deve perder tempo na vida com pequenos detalhes que não nos levam a lado nenhum. Curto e grosso é ainda o melhor método. É por causa deste pequenos detalhes é que temos o Mundo que temos.

Ando farto de hipocrisias e falsos pudores. Sou português, mas vivo em Londres há já algum tempo para poder dizer que tenho uma perspectiva mais fria dos dois lados.

Sempre que tenho algum contacto com a sociedade portuguesa (excluindo amigos e familiares), sinto uma enorma pena da pequenez do meu país.

Até mesmo um simples programa de televisão, um jornal. Tudo parece pequeno e uma enorme farsa. Não sinto que os portugueses têm amor ao seu país e quando têm alguma forma de poder social, ganham uma arrogância que ñão lhes fica bem.

É um país de parolos e de gente pequena. Não quer dizer que seja melhor, mas sei ver quando sou imperfeito e falho no meu dia a dia, mas com isso aprendo a melhorar e não repito, ao contrário de Portugal.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pátria

Soube a definição na minha infância.
Mas o tempo apagou
As linhas que no mapa da memória
A mesma palmatória
Desenhou.


Hoje
Sei apenas gostar
Duma nesga de terra
Debruada de mar.

Grito


Silêncio
Do silêncio faço um grito
E o corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco
De sombra a sombra
Há um céu tão recolhido
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido
Ó céu
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás d'ela
E eu
A quem o céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora
Solidão
Que nem mesmo essa é inteira
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura

Ai solidão
Quem fora escorpião
Ai solidão
E se mordera a cabeça
Adeus
Já fui p'r'além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede
Adeus
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai como dói
A solidão quase loucura


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mood


Tal como a carta, tal como eu...